Bill
Estudante do 5º Ano de Filosofia.
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Artigos por Bill
Há que potenciar a Razão
16/12/08
”A razão não é simplesmente uma espécie de tendência automática. A razão está em boa medida baseada no confronto com os outros, quer dizer, raciocinar é uma tendência natural baseada, ou para nós fundada, no uso da palavra, no uso da linguagem; e o uso da linguagem é o que nos obriga a interiorizar o nosso papel social. A linguagem é sociedade interiorizada
O elemento racional está em todos os nossos comportamentos, faz parte das nossas mais elementares funções mentais. Se alguém nos disser que ao meio-dia comeu uma feijoada e que a paella estava muito boa, imediatamente dizemos: “não pode ser; ou feijoada ou paella”. O próprio acto de nos darmos conta de que há coisas incompatíveis, de que as coisas não podem ser e não ser ao mesmo tempo, ou que as coisas contraditórias não podem afirmar-se simultaneamente, ou que tudo deve ter alguma causa, supõe exercícios de racionalidade.
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Hume e a origem das ideias
13/12/08
Hume utiliza o termo “percepção” para referir quaisquer conteúdos da experiência (…). As percepções ocorrem quando o indivíduo observa, sente, recorda, imagina, e assim por diante, sendo que o uso atual da palavra cobre um leque muito menos vasto de atividades mentais. Para Hume, existem dois tipos básicos de percepções: impressões e idéias.
As impressões constituem as experiências obtidas quando o indivíduo observa, sente, ama, odeia, deseja ou tem vontade de algo. Hume descreve este tipo de percepções como sendo mais “vívido” do que as idéias, termo com que o filósofo parece querer afirmar que as impressões são mais claras e mais pormenorizadas do que as idéias. As idéias, por sua vez, são cópias das impressões. Trata-se dos objetos do pensamento humano quando os indivíduos recordam a sua experiência ou exercitam a sua imaginação.
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Paul Ricoeur: Entre a Crítica e a Convicção
29/10/08
Paul Ricoeur (1913-2005) é reconhecido como um dos maiores nomes da Filosofia da segunda metade do século XX e dos inícios do século XXI. Trata-se de alguém que, a partir da fenomenologia, soube dialogar com as mais variadas correntes do pensamento filosófico de seu tempo, elaborando uma reflexão cada vez mais autônoma, de cunho hermenêutico. Além disso, não descartou em sua vasta produção intelectual o que chamou de fontes não-filosóficas da Filosofia, como o mito, a poesia, a religião, as conquistas da psicanálise. Sobretudo, interessou-se pelo fenômeno da linguagem, particularmente em sua forma narrativa; pela hermenêutica do símbolo que, em sua famosa sentença, sempre donne à penser; pelo problema/mistério do mal em suas várias conotações; por questões contemporâneas, em que se destacam aquelas políticas.
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Filosofia e Enade 2008
28/10/08
Enfim temos as últimas informações sobre o Enade, agora com matéria especifica exigida para cada curso.
Art. 4º
A prova do Enade 2008, no componente específico da área de Filosofia, terá por objetivos:
A Filosofia na obra de Machado de Assis
22/10/08
“Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro. Enquanto esta idéia me trabalhava no faoso trapézio, lançava eu os olhos para a Tijuca, e via a aleijadinha perder-se no horizonte do pretérito, e sentia que o meu coração não tardaria também a descalçar as suas botas. E descalçou-as o lascivo. Quatro ou cinco dias depois, saboreava esse rápido, inefável e incoercível momento de gozo, que sucede a uma dor pungente, a uma preocupação, a um incômodo… Daqui inferi eu que a vida é o mais engenhoso dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.”
[Machado de Assis] – Memórias Póstumas de Brás Cubas
E hoje, cá estamos para agradecer o presente que o 2º Período de Filosofia ganhou do professor Giovanni Marques Santos, sim um presente, não consegui encontrar outra palavra para a palestra sobre o magnífico Machado de Assis e a filosofia envolvida em suas palavras.
Assim, deixo aqui o agradecimento de coração, de todos os alunos do 2º Período de Filosofia, agradecendo a presteza e a generosidade desse grande professor.
Ensino
22/10/08
Uma das diferenças entre animais e o homem é está: os animais transmitem de geração para geração apenas informações genética, já os homens também transmitem informações adquiridas. Um dos métodos de tal transmissão é chamado “ensino”. A geração transmissora, (o professor), comunica à geração receptora, (ao aluno), os métodos de comportamento e de conhecimento, (os “valores” e as “teorias”), acumulados ao longo da história da humanidade, e enriquecidos por todas as gerações participantes. Pois o ensino, como tanta outra estrutura atual, está em crise.
O Amor de Si
21/10/08
O egoísmo psicológico] diz-nos que toda a benevolência é simples hipocrisia, que a amizade é uma intrujice, que o espírito público é uma farsa, que a fidelidade é uma armadilha para conquistar o crédito e a confiança, e que, embora no fundo todos nós persigamos apenas o nosso interesse privado, usamos estes disfarces encantadores para fazer os outros baixar as suas defesas e expô-los ainda mais aos nossos estratagemas e maquinações.[…]