Bill
Estudante do 5º Ano de Filosofia.
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Artigos por Bill
Beckett… Trechos
01/10/08
O Inominável
“Procurei por todo lado. E todas essas perguntas faço a mim mesmo. Não é por curiosidade. Não Posso calar-me. Não, nem tudo é claro. Mas o discurso tem de ser feito.”
“É o fim que é o pior, não, é o começo que é o pior, depois é o meio, mas depois é o fim que é o pior, essa voz que é cada instante, que é o pior… é preciso continuar ainda um pouco, é preciso continua ainda muito tempo, é preciso continuar ainda sempre…”
“Eu sou em palavras, eu sou feito de palavras, palavras dos outros. Eu sou todas estas palavras, todos estes estrangeiros, esta poeira de verbo. E preciso dizer palavras enquanto elas estão aí (…) é preciso tentar logo, com as palavras que restam.”
“não posso continuar, vou continuar”
“Je ne peux pas continuer, je vais continuer”
“I can´t go on, I’ll go on”
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Prof. Dr. Lauro Baldini
01/10/08
Prof. Dr. Lauro Baldini possui graduação em Letras, fez Mestrado e Doutorado em Lingüística na UNICAMP, sob a orientação da Profa. Dra. Eni Orlandi. Sua área de atuação é a Análise de Discurso, com ênfase na articulação entre esta disciplina e os campos do marxismo e da psicanálise. É membro da Associação Brasileira de Lingüística (ABRALIN) e do Grupo de Estudos Lingüísticos de São Paulo (GEL). Atualmente, coordena o projeto de pesquisa Discurso e subjetividade: o dizer do mal-estar (UNIVÁS) e participa como pesquisador de dois projetos: História das Idéias Lingüísticas (UNICAMP) e Discurso, Memória e Processos Identitários (UNIVÁS). É professor-colaborador do curso de Mestrado em Lingüística da UNIVÁS, diretor-executivo do Instituto 14 Bis de Educação e Cultura e membro do Comitê de Redação da revista Línguas e Instrumentos Lingüísticos , da Editora Pontes. Para mais informações, clique aqui.
Um lugar.
01/10/08
Onde nenhum. Um tempo para tentar ver. Tentar dizer. Quão pequeno. Quão vasto. Se não ilimitado com que limites. Donde o obscuro. Agora não. Agora que se sabe mais. Agora que não se sabe mais. Sabe-se somente que saída não há. Sem se saber porque se sabe somente que saída não há. Somente entrada. E daí um outro. Um outro lugar onde nenhum. Donde outrora dali regresso nenhum. Não. Lugar nenhum a não ser só um. Nenhum lugar a não ser só um onde lugar nenhum. Donde nunca outrora uma entrada. Dalgum modo uma entrada. Sem um só além. Dali donde não há ali. Por lá onde por lá não há. Ali sem de lá nem dali nem sequer por onde.
{Samuel Beckett} – “Pioravante Marche”
Profª. Dra. Mírian dos Santos
01/10/08
Profª. Dra. Mírian dos Santos possui graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itajubá (1975), mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Atualmente é professora titular da Universidade do Vale do Sapucaí e professora titular da Faculdade de Direito do Sul de Minas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa e Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem verbal e visual, linguagem jurídica, discurso, semiose, intertextualidade.Para mais informações, clique aqui.
Profª. Dra. Olga de Sá
29/09/08
Olga de Sá possui graduação em Letras Clássicas pelo Instituto Sedes Sapientiae (1954), graduação em Bacharel / Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1950), graduação em Biblioteconomia – Faculdades Integradas Coração de Jesus-Santo Andre – SP (1978), graduação em Scienze Religiose – Istituto Internaz. Superiore di Pedagogia e Scienze Religiose delle FMA (1960), mestrado em Teoria Literaria pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983) e pós graduação em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986). Atualmente é diretora geral – Faculdades Integradas Teresa D´Avila e do Instituto Santa Teresa, de Lorena, SP, e professor assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, Psicologia e Artes, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, critica literaria, literatura e semiotica, critica e interpretação, semiotica e religiao, literatura e cinema, literatura e psicanálise.
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Machado de Assis
28/09/08
[De Memórias Póstumas de Brás Cubas]
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um defunto.
Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, a força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa e a hipocrisia, que é um vício hediondo.
Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade!
Como a gente pode sacudir fora a capa,deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser!
Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há platéia.
O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento.
Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.
{Machado de Assis} – 1839- 1908