Bill
Estudante do 5º Ano de Filosofia.
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Artigos por Bill
A Filosofia é de matar!
26/03/09
Confira como foi a morte de vários filósofos.
Tales: Afogamento (água perigosa!)
Parmênides: Descobriu que era o não-ser
Ockham: Cortou-se com navalha ao fazer a barba
Descartes: Parou de pensar
Espinosa: Abusou da substância
Leibniz: Monadanucleose
Darwin: Acabou vencido na seleção natural
Hume: Convenceu-se de que não tinha causa e apenas existia por hábito
Kant: Não resistiu a uma crítica a seu respeito
Heidegger: Enquanto Dasein, chegou à impossibilidade de todas as possibilidades
Sartre: Por Náusea
Pascal: Ficou abatido depois de perder uma aposta
Wittgenstein: Tentou ver se a morte era uma experiência que se possa viver (alternativa: caiu de uma escada)
Hegel: Colisão com uma coruja ao anoitecer
E a esta seleta lista podemos acrescentar mais estes outros:
Anaxágoras: Falta de ar
Heráclito: Efeito do devir
James: Quis acreditar que estava morto
Platão: Ficou sem Ideias
Aristóteles: Lógico, dado que antes estava vivo
Tomás de Aquino: Perdeu-se nas Cinco Vias
Berkeley: Deus esqueceu-se dele
Kierkegaard: Por temor do tremor
Agostinho: Ficou sem tempo
Sócrates: A discussão chegou-lhe ao fim
Hobbes: Foi devorado pelo Leviatã
Ainda há que acrescentar:
Thomas More: não morreu no não-país em que a não-morte era não-morrer
Maquiavel: foi derrotado pela princesa mais temida que amada
Santo Anselmo: imaginou que estava morto e morreu
Marx: os seus próprios revolucionários revoltaram-se contra a sua revolução
Rousseau: foi morto por um bom selvagem, enquanto assinava um contrato social
Montesquieu: foi executado por uma interpretação legislativa do judiciário
Empédocles: suas homeomerias passaram a ser as homeomerias das minhocas
Demócrito: morto por uma bomba atômica
Chardin: foi absorvido pelo Cristo Cósmico
Nietzsche: pulou da janela achando que era o “super-homem”
Bacon: foi fritado
(Texto organizado a partir de elementos retirados do site Critica Na Rede e de contribuições de outros autores amantes da sabedoria).
Pensamento Mítico e Logos
26/03/09
O mito se opõe ao logos como a fantasia à razão, como a palavra que narra a palavra que demonstra. Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito. O logos, sendo uma argumentação, pretende convencer. O logos é verdadeiro no caso de ser justo e conforme à lógica; é falso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma) Mas o mito tem por finalidade apenas a si mesmo. Acredita-se ou não nele conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O mito, assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracional existente no pensamento humano; por sua própria natureza, é aparentado à arte, em todas as suas criações.
{GRIMAL, Pierre. A mitologia grega. p. 8-9}
O Cogito em Agostinho
19/03/09
Santo Agostinho acreditou ter superado os acadêmicos, levando o ceticismo destes à última conseqüência, ao dizer “se duvido, no ato de duvidar tenho consciência de mim mesmo como o que duvida. Se me engano, sou, pois o que não é não se engana.” Com a formulação si fallor sum, Agostinho antecipa Descartes em séculos.
“Razão: Tu que queres conhecer-te a ti mesmo, sabes que existe?
Agostinho: Sei.
Razão: De onde sabes?
Agostinho: Não sei.
Razão: Sabes que te moves?
Agostinho: Não sei.
Razão: Sabes que te pensas?
Agostinho: Sim
Razão: Portanto, é verdade que pensas?
Agostinho: Sim.
Razão: Tu queres existir; viver e entender, mas existir para viver e viver para entender. Portanto, sabes que existes, sabes que vives, sabes que entendes.”
{Agostinho. Solilóquios. II, 1, 1.}
Quem, porém, pode duvidar que a alma vive, recorda, entende, quer, pensa, sabe e julga? Pois, mesmo se duvida, vive; se duvida lembra-se do motivo de sua dúvida; se duvida, entende que duvida; se duvida, quer estar certo; se duvida, pensa; se duvida, sabe que não sabe; se duvida, julga que não deve consentir temerariamente. Ainda que duvide de outras coisas não deve duvidar que duvida. Visto que se não existisse, seria impossível duvidar de alguma coisa.
{Agostinho. A Trindade. X, 10, 14.}
Pois, se me engano, existo. Quem não existe não pode enganar-se; por isso, se me engano, existo. Logo, quando é certo que existo, se me engano? Embora me engane, sou eu que me engano e, portanto, no que conheço que existo, não me engano. Segue-se também que, no que conheço que me conheço, não me engano.
Como conheço que existo, assim conheço que conheço.
{A Cidade de Deus. XI, XXVI.}
Gilles Deleuze: Platão, os gregos
16/03/09
O platonismo aparece como doutrina seletiva, seleção dos pretendentes, dos rivais. Toda coisa ou todo ser pretendem a certas qualidades. Trata-se de julgar sobre o bem-fundado ou sobre a legitimidade das pretensões. A Idéia é posta por Platão como o que possui uma qualidade primeiro (necessária e universalmente); ela deverá permitir, graça à provas, a determinar o que possui uma qualidade em segundo, terceiro, segundo a natureza da participação. Tal é a doutrina do julgamento. O pretendente legítimo, é o participante, aquele que possui em segundo, aquele cuja pretensão é validada pela Idéia. O platonismo é a Odisséia filosófica que continua no neoplatonismo. Ora ele afronta a sofística como seu inimigo, mas também como seu limite e seu duplo: porque ele pretende a tudo ou a não importa o que, o sofista arrisca fortemente a embaralhar a seleção, a perverter o julgamento.
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Dom Rafael Cifuentes é novo membro da Academia de Filosofia
13/03/09
Responsabilidade, pensamento filosófico, palavra da Igreja, razão e fé. Estas foram algumas das expressões citadas pelo Bispo de Nova Friburgo, Dom Rafael Llano Cifuentes, ao falar de sua nomeação como membro efetivo da Academia Brasileira de Filosofia.
A cerimônia de posse será no dia 18 de março, na sede da Academia, quando ocupará a cadeira de número 16, antes pertencente a um dos maiores teólogos brasileiros, Dom Estevão Bettencourt, falecido no dia 14 de abril de 2008.
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Tudo cura o tempo
28/12/08
Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as feições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco com que já não tira; embota-lhe as setas com que já não fere; abre-lhe os olhos com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas com que voa e foge.
A razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas: descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor! O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
[Padre António Vieira] – Sermões
1º Turma de Filosofia 2008
19/12/08
Parabéns a todos os Formandos da 1º Turma de Filosofia da Faculdade Católica de Pouso Alegre..
A primeira de muitas turmas… Parabéns e muito sucesso.