Arquivo de abril 2010

Mestre

Na terça-feira, 27 de abril, o Prof. Pe. Juliano de Almeida Oliveira defendeu sua dissertação para o programa de Mestrado da PUC-SP. Com o tema “Levinas fenomenólogo?: investigação a partir do conceito de intencionalidade da consciência”, o professor obteve o título de Mestre em Filosofia.

I Encontro sobre o Personalismo – USP

Tudo o que é sólido desmancha no ar

        Berman nasceu em Nova York. Estudou nas universidades de Columbia, Oxford e Harvard. Desde 1960 é professor de teoria política e urbanismo na City University, em Nova York. Na língua portuguesa temos editado além de Tudo o que é sólido desmancha no ar dois outros livros: Aventuras no marxismo (Companhia da Letras) e Um século em Nova York: espetáculos em Time Square (Companhia das Letras). Em 2001 falou em um encontro promovido pelas faculdades de Arquitetura e Letras da PUC/SP, poucos dias antes dos atentados das Torres Gêmeas.
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História e Memória

        Jacques Le Goff nasceu no Sul da França em 1924 e ainda garoto, após ler a mais famosa obra de Walter Scott – Ivanhoé – jamais abandonou o interesse pelo medievo. Aos oitenta anos de idade, portanto em 2004, foi reconhecido universalmente, juntamente com Georges Duby e Le Roy Ladurie, como um dos maiores Medievalistas da França pós Segunda Grande Guerra.
        A carreira de Le Goff foi uma ascensão desde os bancos escolares até os níveis superiores. Foi aluno da Escola Normal Superior de Paris e no famoso Liceu Louis-le Grand, que em 1994 receberia como aluno o mais famoso filósofo da França pós Segunda Guerra Mundial, Jean-Paul Sarte.
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O ilógico necessário

“Entre as coisas que podem levar um pensador ao desespero está o conhecimento de que o ilógico é necessário para o homem e de que o ilógico nasce muito bom. Ele está tão firmemente implantado nas paixões, na linguagem, na religião e em geral em tudo aquilo que empresta valor à vida, que não se pode extraí-lo sem com isso danificar irremediavelmente essas belas coisas.São somente os homens demasiadamente ingênuos que podem acreditar que a natureza do homem possa ser transformada em uma natureza puramente lógica; mas se houver graus de aproximação desse alvo, o que não haveria de se perder nesse caminho! Mesmo o homem mais racional precisa outra vez, de tempo em tempo, da natureza, isto é, de sua postura fundamental ilógica diante de todas as coisas.”

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm – Coleção os Pensadores – Humano Demasiadamente Humano – um livro para espíritos livres. – 5.ed. – São Paulo: Nova Cultural, 1999, 61-99, p. 75

O método desviante

Algumas teses impertinentes sobre o que não fazer num curso de filosofia

            Como uma boa e velha professora de filosofia, prefiro cercear o assunto, amplo demais, por caminhos negativos, desvios e atalhos que não parecem levar a lugar algum. Digo “professora de filosofia”, porque meu território de atuação é, primeiramente, a sala de aula e a dinâmica com os estudantes, com todas as vantagens e todas as restrições que o ensino universitário no Brasil traz consigo. E digo também uma “velha” professora de filosofia porque posso me permitir, hoje, nesse momento de minha carreira acadêmica, algumas provocações que não vão (pelo menos, assim o espero!) colocar em questão nem meu contrato nem meu emprego. Imagino que os jovens colegas, com ou sem vaga ainda, não ousariam pensar de tal maneira, pelo menos explicitamente, porque têm que assegurar primeiro seu lugar no sol. Ofereço a eles um pequeno descanso na sombra.
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Liberdade em Sartre

      A tarefa de compreender o significado e o alcance da liberdade na filosofia de Sartre pode começar por um comentário rápido da frase que se tornou uma espécie de lema do existencialismo: “A existência precede a essência”. Na tradição filosófica, o conhecimento sempre seguia uma ordem bem determinada, primeiramente o conhecimento da essência de algum objeto (inclusive o ser humano), uma vez que aí se encontrariam os atributos principais que definiam o ser e a verdade daquilo que deveria ser conhecido; em segundo lugar atentava-se para a existência, esfera da manifestação das qualidades definidoras ou essenciais do objeto. Essa precedência da essência em relação à existência tinha um propósito claro: tratava-se de compreender, antes de tudo, as noções que determinavam o objeto a ser tal como ele se nos apresentava, pois os vários modos de seu aparecimento só podiam provir de suas determinações. Por isso, nas teorias tradicionais, conhecer significa principalmente determinar, isto é, entender que o objeto é necessariamente o conjunto de suas determinações. Supunha-se que essa visão garantisse a exatidão do conhecimento.
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