Arquivo de junho 2011

Pós-Graduação

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O JULGAMENTO DE SÓCRATES

        Faz-se aqui a resenha do capítulo sétimo do livro Os deuses que não morrem, intitulado Revisando o Julgamento de Sócrates, de Herbert Salvador de Lima, publicado em 1996 pela editora Loyola. Neste capítulo, o autor reflete sobre o papel que Sócrates desempenhou não só na filosofia, mas na sociedade de seu tempo, a ponto de ter sido considerado perigoso para a ordem pública e, por isso, preso, julgado e condenado à morte.
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AS BASES FILOSÓFICAS DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE

        O pensamento de Paulo Freire sofreu influência de várias correntes filosóficas, e se pauta pela busca da independência crítica do homem, pela sua libertação. Paulo Freire é herdeiro do Idealismo Hegeliano, do Marxismo e do Personalismo de Mounier.
O personalismo de Mounier associa a noção de consciência com a de comunidade, sustentada por suas reflexões sobre comunicação interpessoal e comunhão. Essa liberdade não é a da individualidade liberal, mas a da pessoa enquanto consciência autônoma em comunicação com as outras. Da comunicação nasce a comunhão que, fundada no amor, é um dos sustentáculos da idéia de revolução comunitária proposta por Mounier. A revolução comunitária é um processo de conscientização que deve se disseminar por toda a sociedade, prenunciando um socialismo utópico, que substitua as opressões de direita e os totalitarismos de esquerda. E é pela educação que as consciências se tornam críticas da realidade. Ela deve ser pensada para além da tutela do Estado, devendo estar sob a tutela do povo. Isso dá um tom libertário às reflexões pedagógicas de Mounier, o que também se encontra em Paulo Freire.
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A VIRTUALIDADE PÓS-MODERNA

        A partir da década de 1960, e no Brasil mais marcadamente no início da década de 90 do século XX, uma série de inovações científicas e tecnológicas convergiram para a criação de novos paradigmas. As redes interativas de computadores cresceram e criaram novos canais de informação e comunicação que promovem mudanças nas relações sociais, econômicas e culturais. A emergência da Internet, com a formação de comunidades virtuais de interação on-line, foi vista por muitos como o surgimento de novos padrões de relações sociais substituindo as antigas. Os críticos da Internet argumentam que a rede promove o isolamento social e um colapso da comunicação e da vida familiar. A sociabilidade real seria substituída por uma aleatória e virtual, baseada em identidades falsas e representação de papeis. Assim, a Internet foi acusada de induzir as pessoas apenas a viver suas fantasias on-line. Hoje, décadas depois, essa visão está ultrapassada. Com a difusão em massa da Internet, ela foi apropriada pela prática social em toda a sua diversidade, e essa apropriação tem efeitos sobre essa mesma prática. Pesquisas recentes mostram que a representação de papeis e a construção da identidade via Internet são uma pequena parcela da sociabilidade baseada na rede, e esse tipo de prática concentra-se nos adolescentes (Castells, 2001). A Internet não é um terreno onde prevalece a fantasia, mas uma extensão da vida como ela é, em todas as suas dimensões. E mesmo nos ambientes em que a representação de papeis é comum, esses papeis são moldados segundo as vidas reais dos “personagens”: “[...] a maioria dos usuários sociais da comunicação mediada por computador cria personalidades on-line compatíveis com suas identidades off-line” (Baym, 1998 apud Castells, 2001, p. 100).
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Heráclito, Parmênides e Jesus. Ser e/ou Não-ser?

Costuma-se estabelecer, já no começo da história da filosofia, uma grande oposição que dominaria todo seu desenvolvimento futuro: a oposição entre “ser” [de Parmênides] e “vir-a-ser” [de Heráclito]. Apesar dessa grande divergência, podem-se considerar estes dois filósofos como inauguradores da metafísica.

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