Na sociedade pós-moderna é evidente a manisfestação das diversidades, o que a caracteriza como uma sociedade pluralista. Isto consiste em o indivíduo ter o direito de externar a sua subjetividade. Claro que não é uma depreciação da intimidade, ou seja, da esfera particular de cada um e sim uma exaltação da liberdade, mais ainda do livre arbítrio.
       Tendo em vista o aspecto da escolha, pode-se entender que frente às situações cada pessoa reage de uma maneira, resultado das experiências individuais e de traços da personalidade. Sendo assim, a escolha de cada um pode diferir das demais. A diferença, então, deve ser vista como uma necessidade para a prosperidade humana, possibilitando a cada um escolher o melhor para si, porém não de forma solipsista. Desta maneira iría-se além de uma tolerância mínima, podendo tornar as relaçõs pessoais melhores.
       Este patamar de raciocínio só é obtido após uma longa experiência histórica, desde os regimes imperiais como era o da antiga Alexandria, dos Otomanos, passando pelo Absolutismo, até chegar a um exemplo mais atual que foi o da Ditadura. Todos eles nos deixam a mostra a dificuldade de compreensão de uns com os outros, sendo mais fácil e viável impor uma única vontade, o que fazia com que as escolhas se coincidissem, de uma maneira ou e outra.
       Levando-se em conta o argumento acima, temos que nos atentar para a não disposição das experiências anteriores, ou seja, perceber que os resultados da tentativa de planificação levou a conflitos sangrentos, fez com que as pessoas sofressem e não desfrutassem da dádiva do ser homem. Isto foi superado, mesmo que não totalmente, e não deve haver o desejo de reiterar tal situação.
       Houve, assim, uma substituição pela situação de os indivíduos estarem provando uma vida sem fronteiras bem definidas, as pessoas se misturam livremente com a maioria, mas sem assimilar sua identidade, ocorre uma mistura de identidades diferentes, casamento entre pessoas de grupos diferentes, surge um verdadeiro multiculturalismo, não só num olhar da sociedade como um todo mas também no próprio âmbiro familiar. Logo, também surgem as vantagens e desvantagens próprias do multiculturalismo.
       Percebe-se então que é clamado pelo fator da tolerância se indentificando com um respeito mútuo que entenda cada um com as suas várias perspectivas, culturais e religiosas, em relação ao Estado daquele indivíduo, ao gênero, e principlamente à condição econômica e social. A tolerância, portanto, torna aceitável as diferenças que por sua vez fazem da tolerância algo necessário.


Letícia Garroni Moreira Franco – Aluna do 2º período de Filosofia
Orientação de Pe. Ms. Jésus Benedito dos Santos