Segundo dia…
01/10/08
Epifania: (sensação)
O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém “encontrou a última peça do quebra-cabeça e agora consegue ver a imagem completa”. É aplicado quando um pensamento inspirado e iluminante acontecem que parece ser divino em natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na expressão I just had an epiphany, o que indica que ocorreu um pensamento, naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza quase sobrenatural)—-> Macabéa —–> A Hora da Estrela— à Clarice Lispector— à Profª. Dra. Mírian dos Santos (UNIVÁS).
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A Filosofia na obra de Machado de Assis
01/10/08
Inicialmente, o Professor Giovanni Marques Santos, falou sobre a vida de Machado de Assis e fatos importantes de sua história pessoal que possivelmente marcaram sua obra, como no caso do tema “a ascensão do mestiço”, visto sua condição de mulato, neto de escravos alforriados; e as outras enfrentadas por Machado no início de sua carreira literária. Além de muitas dificuldades de ordem social e financeira, como se sabe, Machado era míope (e quase vesgo), gago, epilético, diabético (doença que lhe causou uma cegueira temporária). Apesar de tantas barreiras, Machado percorreu o inimaginável trajeto do menino órfão vendedor de doces à Primeiro Presidente da Academia Brasileira de Letras. De fato, talvez graças à essas “barreiras”, é que Machado tempera com boa dose de sarcasmo suas obras.
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Profª. Dra. Mírian dos Santos
01/10/08
Profª. Dra. Mírian dos Santos possui graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itajubá (1975), mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Atualmente é professora titular da Universidade do Vale do Sapucaí e professora titular da Faculdade de Direito do Sul de Minas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa e Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: linguagem verbal e visual, linguagem jurídica, discurso, semiose, intertextualidade.Para mais informações, clique aqui.
III Jornada de Filosofia
01/10/08
29/09/08
19h30m – Sessão Solene de Abertura da III Jornada de Filosofia
Participação do Coral do Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre.
20h – Conferência: Linguagem, Literatura e Filosofia
Profª. Dra. Olga de Sá (FATEA – Lorena-SP)
30/09/08
14h-18h – Curso Breve: A Filosofia na obra de Machado de Assis
Prof. Giovanni Marques Santos (Mestrando em História e Teoria Literária – UNICAMP)
19h30m – Conferência: Clarice Lispector e o Existencialismo
Profª. Dra. Mírian dos Santos (UNIVÁS)
01/10/08
19h30 – Conferência: Beckett e a desintegração da linguagem
Prof. Dr. Lauro Baldini (UNIVÁS)
02/10/08
14h-16h – Curso Breve: Abordagem antropológica do “Hamlet” de Shakespeare (Primeira Parte)
Profª. Ms. Joelma Pereira de Faria (UNIVÁS/ FACAPA)
19h30m – Conferência: A caminho do pensamento e da poesia
Prof. Dr. Renato Kirchner (Universidade São Francisco – Bragança Paulista-SP)
03/10/08
14h-16h – Curso Breve: Abordagem antropológica do “Hamlet” de Shakespeare (Segunda Parte)
Profª. Ms. Joelma Pereira de Faria (UNIVÁS/ FACAPA)
19h – Apresentação de Comunicações
20h30m – Café Filosófico: Filosofia e Literatura hoje – desafios e perspectivas
Prof. Giovanni Marques Santos (Mestrando em História e Teoria Literária – UNICAMP)
Encerramento da III Jornada de Filosofia
Moderador: Profa. Marilda de Castro Laraia
19h10m – Maike Riceli de Souza (UNIVÁS) –
Quem é Amadeu de Queiroz?
19h30m – José Augusto G. M. e Silva/ Selma de C. Gonçalves (FACAPA) –
O amor platônico na obra-prima de Shakespeare
19h50m – Paulo Araújo de Almeida (FACAPA) –
Alcântara Silveira: o Poeta e o Filósofo
Moderador: Prof. Pedro Rodolfo Fernandes da Silva
19h10m – Samuel Araújo Ferreira (FACAPA) –
O Segundo Tratado sobre o Governo de John Locke
19h30m – Carlos Roberto da Silveira (FACAPA) –
A inveja e a justiça na poesia filosófica dos aedos
Moderador: Prof. Pe. Juliano de Almeida Oliveira
19h10m – Leila Silvia L.S. Tourinho (FACAPA) –
A fusão de horizontes em Gadamer: Possíveis interpretações de Prometeu à luz de Hesíodo e Goethe
19h30m – Rogério Lobo Sáber (UNIVÁS) –
Análise poética do Motivo de Cecília Meirelles
19h50m – Adriano Geraldo da Silva (FACAPA) –
A questão do intelecto possível no De unitate intellectus contra auerroistas de Santo Tomás de Aquino
Moderador: Prof. Antonio Gilberto Balbino
19h10m – Leandro Luis M. Ribeiro (FACAPA) –
Alteridade: A Ética de Emmanuel Lévinas
19h30m – Rafael Pereira de Souza (UNIVÁS) –
A importância da Literatura e de Clarice Lispector
19h50m – João Henrique da Silva (FACAPA) –
O paradoxo da existência: uma abordagem existencial dos estádios no caminho da vida em Soren Kierkegaard
Moderador: Profa. Joelma Pereira de Faria
19h10m – Laila de Castro Costa (UNIVÁS) –
Significação dos textos poéticos de Rubem Alves e das letras de músicas sertanejas
19h30m Ronne Peterson de F. Oliveira (FACAPA) –
A leitura popular da Bíblia na perspectiva de Carlos Mesters
19h50m – Lucas Silva Crispim (FACAPA) –
O conceito de Política em Santo Agostinho
Diario de Bordo – 01
30/09/08
Aqui você ira encontrar um relado de um aluno, linha a linha, minuto a minuto, algumas observações pessoais, alguns olhares, um palpite aqui, uma opinião ali e claro com uma boa pitada de humor, mas tudo muito formal.
Primeiro dia…
30/09/08
“Cada coisa tem um instante em que ela É”
- Clarice Lispector
Foi assim o primeiro dia da III Jornada de Filosofia da Faculdade Católica de Pouso Alegre, com o tema Filosofia e Literatura. Na abertura contamos com a Participação do Coral do Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a palestrante convidada Profª. Dra. Olga de Sá (FATEA – Lorena-SP)que nos proporcionaram este instante.
“Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”_Goethe
Para quê Filosofia? Para quê Literatura?Com estas duas perguntas a Dra.Olga nos conduziu de Sócrates, “Sei que nada sei”, a massa de uma barata esmagada pela cintura, livro A Paixão Segundo G.H. – Clarice Lispector.
“Poesia e Filosofia dialogam com o contexto, não há razão para excluir qualquer grupo social da Filosofia e é fazendo o caminho com o sensibilizar, problematizar e posteriormente a conceituação, com as questões da vida”
A Linguagem Filosófica. A Linguagem Literária. Não ler é estar em uma gaiola sem possibilidade de erguer “as antenas”.
Obrigado Profª. Dra. Olga de Sá
Escrito por: Sueli da Silva Pareto
2º Período de Filosofia
Profª. Dra. Olga de Sá
29/09/08
Olga de Sá possui graduação em Letras Clássicas pelo Instituto Sedes Sapientiae (1954), graduação em Bacharel / Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1950), graduação em Biblioteconomia – Faculdades Integradas Coração de Jesus-Santo Andre – SP (1978), graduação em Scienze Religiose – Istituto Internaz. Superiore di Pedagogia e Scienze Religiose delle FMA (1960), mestrado em Teoria Literaria pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983) e pós graduação em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986). Atualmente é diretora geral – Faculdades Integradas Teresa D´Avila e do Instituto Santa Teresa, de Lorena, SP, e professor assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, Psicologia e Artes, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, critica literaria, literatura e semiotica, critica e interpretação, semiotica e religiao, literatura e cinema, literatura e psicanálise.
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Machado de Assis
28/09/08
[De Memórias Póstumas de Brás Cubas]
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um defunto.
Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, a força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa e a hipocrisia, que é um vício hediondo.
Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade!
Como a gente pode sacudir fora a capa,deitar ao fosso as lentejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser!
Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há platéia.
O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento.
Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.
{Machado de Assis} – 1839- 1908